terça-feira, 7 de abril de 2009

O VINHO NACIONAL É MAIS BARATO NO EXTERIOR !!! - parte 2

Após escrever o post "O Vinho Nacional é mais Barato no Exterior", mandei o link para várias pessoas com mais informação e acesso ao mundo do vinho do que eu, dentre eles o Didú, um cara que eu acompanho faz tempo e respeito pelo conhecimento e dedicação ao vinho. Pois bem o Didú conseguiu algumas respostas, inclusive do Sr. Adriano Miolo, as quais transcrevo aqui: Didú fala - "procurei por diversos produtores e pelo Ibravin também e a resposta mais rápida que recebi foi da Juciane Casagrande enóloga competentíssima, diga-se, da Casa Valduga que mesmo em viagem pelo exterior arranjou tempo para me responder" - "Ola Didu. Quando exportamos estamos isentos de toda a tributação brasileira, logo nossos preços se reduzem em muito para que o importador, qdo o vinho chegar no pais de destino possa pagar o transporte internacional e impostos locais e vender o vinho a praticamente o mesmo valor que no Brasil e mais do que isto para que seja competitivo. Estou em amsterdam hj e ontem mesmo estive visitando lojas onde nossos produtos estão sendo vendidos ao mesmo preço que no Brasil. Um super abraço e estou a disposição." Juciane. Importante frisar que esses impostos passam de 50% do preço final do vinho heim. Para vocês terem uma ideia do volume da ganância dos impostos em nosso Brasil brasileiro, meu amigo Pablo Falabrino do Viñedo de Los Vientos, um dos melhores produtores do Uruguai (inacreditável ninguém trazer esses vinhos para o Brasil), que vende 70% de seus vinhos em NY, comentou comigo que o vinho dele lá nos Estados Unidos custa para o consumidor americano, metade do que custa aqui no Brasil, país vizinho e do mercosul!!!! Brincadeira isso?!
"Olá Didu, Ocorre o seguinte, para a exportação não existe impostos, somente paga impostos no pais de destino e quem paga é o importador. Portanto nosso vinho que aqui no Brasil a somatória de impostos é de 52,50 % (dado do instituto Tributário Brasileiro depois da extinção da CPMF, pois antes era ainda maior) é exportado então por menos que a metade do preço e como os impostos dos vinhos a nível mundial não passam de 20% (alguns países é zero, como Espanha) o preço de venda no país de destino acaba ficando mais baixo que o preço deste mesmo vinho aqui no Brasil. Isso ocorre na prática com nossos vinhos da Miolo, por exemplo, nós exportamos o Quinta do Seival Castas Portuguesas para a França. Lá ele é vendido na LAVINIA, que é uma das referências de vinhos em Paris por 12 Euros (aproximadamente 36 Reais) e em São Paulo é difícil de encontrá-lo por menos de 50 Reais."
Um abraço Adriano Miolo